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Mão de criança e tronco de árvore

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Escola Parlenda

O protagonismo na Educação Infantil - o cotidiano de crianças e professores

Por Silmara Sass



Meu contato com a Educação Infantil começou há 10 anos, ainda durante a faculdade, com estágios que me fizeram descobrir minha verdadeira paixão: estar com as crianças. Desde o início, sempre tive um profundo interesse pela infância, e essa convivência me fez encontrar a minha melhor versão. 

Ao longo desse tempo, passei por experiências que me colocavam em didáticas mais tradicionais e com uma relação pouco horizontal com as crianças. Cada vez mais, entendo que, enquanto pessoa e professora, acredito em metodologias disruptivas e críticas. 

Aqui na Parlenda, encontrei meu protagonismo enquanto educadora. No dia a dia, o trabalho com a perspectiva de projetos faz com que o ensino-aprendizado aconteça a partir dos interesses das crianças, respeitando suas individualidades e tempos. Trabalhar com crianças pequenas é uma paixão que me permite exercer algo em que acredito: uma Educação que faça sentido. 

Uma grande mudança ao estar na Parlenda refere-se ao cotidiano, que é permeado por rituais que demarcam a passagem do tempo e convidam as crianças a participarem ativamente em diversos momentos. Como por exemplo, a roda de histórias, a chamada, as parlendas, a organização do piquenique, a preparação da fruta no final da tarde, a higiene e outros momentos significativos.



Além disso, o trabalho em pequenos grupos proporciona vivências e trocas entre as crianças, e entre crianças e adultos, de maneira privilegiada. É nesse contexto que se observam e interpretam, de forma intencional, as ações e os pensamentos de cada um. Os pequenos grupos se formam a partir de temas relacionados ao projeto da turma, funcionando como um fio condutor que instiga o grupo a explorar e investigar.

Neste ano, por exemplo, o projeto da turma surge da observação dos modos como as crianças nomeiam e atribuem significado ao mundo. Por meio de gestos e palavras, emergem metáforas que perpassam por objetos, espaços e experiências individuais e coletivas.

Nesse sentido, a escuta ativa do educador torna-se fundamental. Nos primeiros momentos investigativos, o educador acolhe os interesses do grupo, observa como aprendem, identifica estratégias que podem favorecer as pesquisas e escolhe os suportes adequados para essas investigações. Essas experiências podem se manifestar em diferentes linguagens, sempre com uma intencionalidade bem definida.

A cada novo convite à pesquisa, os registros tornam-se essenciais para documentar os percursos de aprendizagem. Essas documentações se materializam, tornando-se portadores de saberes da infância, comunicando às famílias, crianças e à escola as ações cotidianas de cada grupo.



Dessa forma, o trabalho em projetos captura a beleza de um cotidiano rico, onde espaços, materiais e experiências se entrelaçam, inaugurando aprendizagens inéditas. No contato consigo e com o outro, as crianças brincam, vivenciam a natureza e participam dos rituais que estruturam sua experiência.

Minhas ações na Parlenda reverberam no meu próprio cotidiano, nas minhas leituras, meus estudos e na cultura que me cerca, reforçando meu compromisso como professora de Educação Infantil. É fundamental aprender com as crianças, ver a infância como um espaço de potência, e encarar a docência como um compromisso social. Cada dia é uma nova oportunidade de contribuir para um mundo melhor.


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